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Quantidade de cabos furtados de concessionária de luz no RJ em 2025 é suficiente para dar 32 voltas no complexo do Maracanã

Nos primeiros meses deste ano, a Light registrou a subtração de 58 mil metros de fios; o número é 76% maior do que o contabilizado ao longo de 2024

Rio de Janeiro|Raphael Lacerda*, do R7

Polícia já fez mais de 200 ações para combater furtos de fios de cobre e materiais metálicos Divulgação/ Polícia Civil

A concessionária responsável pelo fornecimento de energia elétrica em 31 municípios do Rio de Janeiro registrou o furto de 58 mil metros de cabos somente nos primeiros meses de 2025. Para se ter uma ideia, o volume é suficiente para dar 32 voltas na pista de corrida — de 1.800 metros — que contorna o Complexo Esportivo do Maracanã.

Os dados da Light ainda indicam que o número representa pouco mais de 76% do total contabilizado em todo ano ado, que somou 76 mil metros.

Segundo a empresa, as regiões mais afetadas são os bairros de Ipanema, Copacabana, Barra da Tijuca e o centro da capital fluminense.


O problema não é à Light. A Enel Rio — que fornece energia para Niterói, São Gonçalo e outras 64 cidades fluminenses — calculou 5,8 mil metros de cabos furtados entre janeiro e abril deste ano, o que equivale a pouco menos de uma volta na Lagoa Rodrigo de Freitas.

O crescimento foi de 142% em comparação com o mesmo período de 2024. Campos dos Goytacazes, no Norte Fluminense, lidera o número de ocorrências, seguido por Macaé, Niterói e São Gonçalo. Cerca de 1.500 consumidores foram afetados.


Substituição de materiais para barrar furtos

De acordo com a Abradee (Associação Brasileira dos Distribuidores de Energia Elétrica), os furtos disparam na capital fluminense desde 2023. À época, foram registradas a subtração de 14.293 metros de fios.

Na tentativa de barrar a prática, a Light ou a substituir os materiais condutores de cobre por alumínio, que possui menor valor comercial. Já as instalações subterrâneas receberam proteção mecânica, com tubulação de aço galvanizado e concretagem.


Alto valor comercial

O cobre possui alto valor de revenda em ferros-velhos. No Rio de Janeiro, o quilo do material varia entre R$37 e R$49. Na última quarta-feira (11), agentes da DRF (Delegacia de Roubos e Furtos) recuperaram mais de 100 kg de fios elétricos furtados do sistema ferroviário.

O material estava em um ferro-velho em Paracambi, na Baixada Fluminense. A ação criminosa resultou na paralisação parcial dos ramais que circulam na região.

Desde setembro de 2024, a Polícia Civil prendeu 90 pessoas durante fiscalizações em cerca de 260 estabelecimentos de reciclagem. Nesse período, foram apreendidas mais de 250 toneladas de fios de cobre e materiais metálicos.

Furto de cabos afeta transporte público

Apesar de ainda ser um problema que afeta a circulação dos trens da SuperVia, a prática apresentou queda, segundo a empresa. Entre janeiro e março deste ano, 1.414 metros de cabos foram roubados do sistema ferroviário. O quantitativo representa uma redução de quase 59% em relação ao mesmo período de 2024, que somou 3.435 metros de fios furtados.

Por meio de nota, a concessionária atribuiu a queda às iniciativas elaboradas pelo setor de segurança, entre elas, a implantação de uma solução de cerâmica feita exclusivamente para a companhia.

“Na prática, a SuperVia ou a aplicar uma espécie de verniz permanente em todos os fios para inibir a ação dos receptadores. Ou seja, os cabos aram a ter uma espécie de “DNA”. Com a solução, que é permanente, os técnicos conseguem identificar se um cabo encontrado com um receptador ilegal pertence ou não à concessionária. A tecnologia permite também rastrear a origem do fio, mesmo se o receptador o queimar ou raspá-lo, que são práticas comuns entre os criminosos”, explicou.

Já o metrô do Rio teve 19 ocorrências de furtos de cabos entre janeiro e junho de 2025. No ano ado, foram 55 casos.

*Sob supervisão de Bruna Oliveira

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