Faxineira que ficou oito dias desaparecida em BH foi morta com pedradas
Circunstâncias da morte foram esclarecidas pela Polícia Civil; o suspeito do crime, ex-companheiro da vítima, está preso
Minas Gerais|Vinícius Rangel, da RECORD MINAS

A faxineira Ivanda Aparecida Viana, de 57 anos, que ficou oito dias desaparecida em Belo Horizonte, foi morta com pedradas pelo ex-companheiro. As circunstâncias da execução foram reveladas pela Polícia Civil, nesta terça-feira (10), após exames periciais. Davidson da Silva Vieira vai responder por ocultação de cadáver, feminicídio e subtração de valores.
O corpo dela foi encontrado nesta segunda-feira (09) por militares e pela cadela Kali, do Corpo de Bombeiros, em uma área de mata no bairro Jardim Vitória, na região Nordeste da capital mineira.
Imagens de câmeras de segurança obtidas pela polícia mostram o suspeito caminhando na região momentos após a execução. No vídeo, Davidson está com a calça e as mangas da camisa dobradas. Ele mexe no telefone. Segundo as investigações, o homem estaria respondendo a uma mensagem, de um dos filhos da Ivanda. Vieira chegou a enviar um áudio para a família, negando envolvimento com o crime.
A faxineira foi vista pela última vez junto do ex-companheiro, com quem manteve relação conturbada por mais de 10 anos, na porta da casa dela. A mulher estava na residência, acompanhada de amigas, filhos e netos, quando o homem teria chegado. Em seguida, ambos deixaram a casa. Ela acompanhou o homem até um ponto de ônibus.
A família contou que tentou contato com a mulher e, ao não conseguir retorno, procurou o ex-companheiro. Ele teria informado que os dois se despediram após o encontro e que ele pegou um ônibus de volta para casa. No entanto, os parentes afirmam que Ivanda nunca chegou.
Câmeras de segurança mostram o casal indo juntos até um ponto de ônibus, depois disso, ela não foi mais vista. De acordo com a polícia, ele conseguiu convencê-la a ir junto, pois planejava matar a ex-companheira. Para a polícia, ele temia ser preso por denúncias que Ivanda faria contra ele.
Ao sair de casa, dois caminharam juntos até um ponto de ônibus na avenida Antônio Carlos, no bairro São Cristovão, região noroeste da capital mineira. Antes, eles aram em um bar e a suspeita é que ela tenha sido dopada.
“Precisamos aguardar a conclusão do laudo para saber, realmente, em que condição ela se encontrava. A família relata que ela, no máximo, fica alegre com bebida alcoólica. Ela nunca chegou nesse estado de sem consciência”, destacou o delegado Alexandre da Fonseca, responsável pela investigação.
De acordo com o delegado, as câmeras de segurança também registraram o momento em que Davidson foi flagrado carregando Ivanda por uma escada, próximo de onde o corpo foi encontrado. Depois disso, ele chamou um veículo por aplicativo e vai embora do local do crime
O homem fugiu para Santo Antônio do Amparo, a 172 km de Belo Horizonte, mas foi preso. Ele negou o crime. Davidson tem uma extensa lista criminal, com mais de 20 agens e cinco prisões, voltou para a cadeia. A prisão foi ratificada e convertida em temporária.
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