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R7 Brasília

Mais de 6 mil vítimas de trabalho infantil foram resgatadas entre 2023 e 2025

Mesmo com redução nacional nos casos, maioria dos resgates envolve as piores formas de exploração infantil, segundo o Ministério do Trabalho

Brasília|Do R7, em Brasília

Segundo IBGE, 1,6 milhão de crianças e adolescentes ainda são afetados Valter Campanato/Agência Brasil

O MTE (Ministério do Trabalho e Emprego) revelou que 6.372 crianças e adolescentes foram retiradas de atividades ilegais em todo o país entre 2023 e abril de 2025. A maior parte delas era envolvida nas chamadas piores formas de trabalho infantil, como atividades insalubres, perigosas ou degradantes.

O balanço das ações de fiscalização foi divulgado na semana de mobilização pelo Dia Nacional e Mundial de Combate ao Trabalho Infantil, celebrado em 12 de junho.

Em 2023, 2.564 menores foram afastados de atividades ilegais. No ano ado, o número subiu para 2.741, e nos quatro primeiros meses de 2025, já foram identificados 1.067 casos.

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Em 86% das situações, as crianças e adolescentes estavam expostos a atividades que colocam em risco sua saúde física, mental e o desenvolvimento integral.


Apesar da gravidade dos casos identificados, o Brasil apresentou uma queda significativa no número total de crianças e adolescentes em situação de trabalho infantil. Segundo dados da PNAD Contínua (Pesquisa Nacional por Amostra de Domicílios Contínua), do IBGE, o país ou de 1,881 milhão de menores trabalhando em 2022 para 1,607 milhão em 2023, uma redução de 14,6%, o menor número desde 2016.

Além disso, o total de jovens submetidos às piores formas de trabalho infantil caiu 22,5% no mesmo período, indo de 756 mil para 586 mil casos.


O perfil dos resgatados também levanta alerta: os meninos representam 74% dos casos registrados, já 26% são meninas. A maior parte das vítimas tem entre 16 e 17 anos, mas há registros preocupantes de crianças com até 13 anos — faixa etária em que qualquer tipo de trabalho é proibido por lei —, que somam 791 casos.

Entre os adolescentes de 14 e 15 anos, houve 1.451 afastamentos, enquanto os mais velhos (16 e 17 anos) responderam por 4.130 casos.


Combate

Segundo o governo federal, as operações de fiscalização visam garantir proteção a longo prazo. Após a identificação dos casos, são emitidos Termos de Pedido de Providência, enviados a conselhos tutelares, secretarias de assistência social e educação, e aos Ministérios Públicos do Trabalho e Estadual. O objetivo é inserir as crianças e adolescentes em políticas públicas de proteção, incluindo programas de aprendizagem profissional para jovens a partir de 14 anos.

Segundo o coordenador nacional de Fiscalização do Trabalho Infantil do MTE, Roberto Padilha Guimarães, erradicar o trabalho infantil exige ação articulada entre poder público, sociedade civil, sindicatos e empresas. “É uma violação grave de direitos humanos que compromete o presente e o futuro dessas crianças”, afirmou.

Pessoas que souberem de casos de trabalho infantil podem denunciar por meio do Sistema Ipê, canal oficial do Ministério do Trabalho e Emprego.

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